"EM NOME DO PAI" - Bárbara D´Iansã

CAPÍTULO I - (15/04/2011)


Irmãos

A página "EM NOME DO PAI", criada por mim, rs, Bárbara D´Iansã, nos conduzirá aos caminhos das PRECES.
Juntos passaremos a compreender todos os enigmas que acompanham essa palavras tão pequena em sílabas, mas tão infinita em significados, atos e quem sabe até milagres.
Será que a Prece tem o efeito de causar um milagre?
Será que a Prece tem o poder de curar?
Será que a Prece tem o poder do livramento?
Vamos ter todas essas respostas, utilizando alguns trechos do grande ensinamento "LIVRO DOS ESPÍRITOS",   contendo os príncipios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade, segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec.

658 - A prece é agradável a Deus?
__ A prece é sempre agradável a Deus quando ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para Ele. A prece do coração é preferível à que podes ler, por mais bela que seja, se a leres mais com os lábios do que com o pensamento. A prece é agradável a Deus quando é proferida com fé, com fervor e sinceridade. Não creias, pois, que Deus seja tocado pelo homem vão, orgulhoso e egoísta, a menos que a sua prece represente um ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.

659 - Qual o caráter geral da prece?
__ A prece é um ato de adoração. fazer preces a Deus é pensar Nele, aproximar-se Dele, pôr-se em comunicação com Ele. Pela prece podemos fazer três coisas: louvar, pedir e agradecer.

660 - A prece torna o homem melhor?
__ Sim, porque aquele que faz preces com fervor e confiança se torna mais forte contra as tentações do mal, e Deus lhe envia bons Espíritos para o assistir. É um socorro jamais recusado, quando o pedimos com sinceridade.

Essas perguntas e respostas foram feitas por Allan Kardec aos espíritos, e os mesmos responderam conforme as leis naturais de Deus e do mundo Espiritual.
Notamos que o poder da prece não se faz por um milagre, como um toque de mágicas. É preciso estarmos em sintonia com Deus, alma e mente abertos a espiritualidade, e ambos alimentados de muita fé e resignação.
É isso aí, você oferece seu coração a Deus, e Ele lhe retribui com o mais puro e verdadeiro Amor.
Agora irmãos, depende de você.
No próximo capítulo teremos mais perguntas e respostas sobre a PRECE, segundo o LIVRO DOS ESPÍRITOS.


Participe, deixe seu comentário a respeito, pois com troca de idéias aprendemos uns com os outros.


Tenha uma semana iluminada.
Abraços fraternos


Yákekere Bárbara D´Iansã
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CAPÍTULO II -(22/04/2011)

IRMÃOS

Como já vimos, o poder da prece e seu resultado final caberá somente ao ORADOR. 
Se estivermos em sintonia com Deus, o Plano Superior, mente e coração em harmonia com as leis da vida, teremos grande poder em nossos momentos de preces.
Antes de nos aprofundar no tema PRECES, vejamos mais algumas perguntas e respostas feitas aos espíritos superiores, pois nos deram grandes ensinamentos na obra LIVRO DOS ESPÍRITOS de Allan Kardec.

CONTINUAÇÃO

660(a) - Como se explica que certas pessoas que oram muito sejam, apesar disso, de muito mau caráter, ciumentas, invejosas, implicantes, faltas de benevolência e de indulgência; que sejam até mesmo viciosas?
__ O essencial não é orar muito, mas orar bem. Essas pessoas julgam que todo o mérito esta na extensão da prece e fecham os olhos para os seus próprios defeitos. A prece é para elas uma ocupação, um emprego do tempo, mas não um estudo de si mesmas. Não é o remédio que é ineficaz, neste caso, mas a maneira de aplica-lo.

661 - Pode-se pedir eficazmente a Deus o perdão das faltas?
__ Deus sabe discernir o bem e o mal; a prece não oculta as faltas. Aquele que pede a Deus perdão de suas faltas não o obtém se não mudar de conduta. As boas ações são a melhor prece, porque os atos valem mais do que as palavras.

662 - Pode-se orar utilmente pelos outros?
__ O Espírito daquele que ora está agindo pela vontade de fazer o bem. Pela prece atrai a ele os bons Espíritos que se associam ao bem que deseja fazer.

663 - As preces que fazemos por nós mesmos podem modificar a natureza das nossas provas e deviar-lhes o curso?
__Vossas provas estão nas mãos de Deus e há as que devem ser suportadas até o fim, mas Deus leva sempre em conta a resignação. A prece atrai a vós os bons Espíritos que vos dão a força de as suportar com coragem. Então elas vos parecem menos duras. Já o dissemos: a prece nunca é inútil, quando bem feita, porque dá força, o que já é um grande resultado. Ajuda-te a ti mesmo e o céu te ajudará; sabes disso. Aliás, Deus não pode mudar a ordem da Natureza ao sabor de cada um, porque aquilo que é um grande mal do vosso ponto de vista mesquinho, para vossa vida efêmera, muitas vezes é um grande bem na ordem geral do Universo. Além disso, de quantos males o homem é o próprio autor por sua imprevidência ou por suas faltas. Ele é punido no que pecou. Não obstante, os vossos justos pedidos são em geral mais escutados do que julgais. Pensais que Deus não vos ouviu porque não fez um milagre em vosso favor, quando entretanto vos assiste por meios tão naturais que vos parecem o efeito do acaso ou da força das circunstâncias. Frequentemente, ou mais frequentemente, ele vos suscita o pensamento necessário para sairdes por vós mesmos do embaraço.

664 - É inútil orar pelos mortos e pelos Espíritos sofredores, e nesse caso como podem as nossas preces lhes proporcionar consolo e abreviar os sofrimentos? Têm elas o poder de fazer dobrar-se a justiça de Deus?
__ A prece não pode ter o efeito de mudar os designos de Deus, mas a alma pela qual se ora experimenta alívio porque é um testemunho de interesse que se lhe dá e porque o infeliz é sempre consolado, quando encontra almas caridosas que compartilham as sua dores. De outro lado pela prece provoca-se o arrependimento desperta-se o desejo de fazer o necessário para se tornar feliz. É nesse sentido que se pode abreviar a sua pena, se do seu lado ele contribui com a sua bondade. Esse desejo de melhora, excitado pela prece atrai para o espírito sofredor os espíritos melhores que vem esclarece-lo, consola-lo e dar-lhe esperanças. Jesus orava pelas ovelhas transviadas. Com isso vos mostrava que sereis culpados se nada fizerer-lhes pelo que mais necessitam.

665 - Que pensar da opinião que rejeita a prece pelos mortos, por não estar prescritas nos Evangelhos?
__ O Cristo disse aos homens: Amai-vos uns aos outros. Essa recomendação implica a de empregar todos os meios possíveis e testemunhas afeição aos outros, sem entrar, por isso mesmo, em nenhum detalhe sobre a maneira de atingir o seu objetivo. Se é verdade que nada pode desviar o Criador de aplicar a justiça, inerente a Ele mesmo, a todas as ações do Espírito, não é menos verdade que a prece que lhes diriges em favor daquele que vos inspira afeição, é para este um testemunho de recordação que não pode deixar de contribuir para aliviar os seus sentimentos e o consolar.
Desde que revele o mais leve arrependimento, e somente então, será socorrido; mas isso não o deixará  jamais esquecer que uma alma simpática se ocupou dele e lhe dará a doce crença de que sua intercessão lhe foi util.
Disso resulta necessáriamente de sua parte, um sentimento de afeição por aquele que lhe deu essa prova de interesse e de piedade. Por seguinte, o amor recomendado aos homens pelo Cristo não fez mais do que aumentar entre eles, e ambos obedeceram a lei de amor e de união entre todos os seres, lei divina que deve conduzir a unidade, objetivo e o fim do espírito. 

666 - Podemos orar aos Espíritos?
__ Podemos orar aos bons Espíritos como sendo os mensageiros de Deus e os executores de seus designos, mas o seu poder esta na razão da sua superioridade e decorre sempre do Senhor de todas as coisas, sem cuja permissão nada se faz; eis porque as preces que lhe dirigimos só são eficazes se forem agradáveis a Deus.

Amigos, vejam como essas respostas  são super úteis a nós Umbandistas, que geralmente temos Espíritos sofredores em nossas engiras, necessitando de perdão.
Sabemos como a prece consola e fortifica as Espíritos que vagam pela eternidade, perdidos em suas dores intímas e marcados com uma vida terrena cheia de provas.

De hoje em diante, sabemos a importância de nossas PRECES, temos a consciência que DEPENDE DE NÓS. A prece nada mais é do que uma doação de AMOR, a nós mesmos, ao próximo, ao planeta e principalmente aos irmãos desencarnados que necessitam do alimento do alma, ou seja, o PERDÃO, A FÉ E A AMOR.

Façamos a nossa parte.
DOAR...DOAR E DOAR.
A nossa fé não se mede, e com isso as nossa preces podem CONSOLAR E AJUDAR almas e espíritos carentes, que na maioria das vezes um pouco do seu amor em forma de prece, pode conduzi-lo aos braços do nosso grande CRIADOR.

Semana que vem, praticaremos FORMAS DE PRECES.

Tenham uma semana iluminada...
Axé

Yákekere Bárbara D´Oya
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CAPÍTULO III - 29/04/2011

Olá irmãos.

Já sabemos como praticar uma prece com resultados vibracionais positivos, então daremos continuidade ao assunto, ou seja, partiremos para a PRÁTICA DA PRECE em nosso dia-a-dia, auxiliando desta forma almas e espíritos necessitados.

A OBSESSÃO E A PRECE

A Obsessão é o domínio que alguns Espíritos adquirem sobre outros, quer encarnados ou desencarnados, provocando-lhes desequilíbrios psíquicos, emocionais e físicos É uma espécie de constrangimento moral de um indivíduo sobre outro. Pode ser de encarnado para encarnado, encarnado para desencarnado, desencarnado para encarnado e desencarnado para desencarnado. Essa influência negativa e irracional traz para as pessoas problemas diversos, o que as tornam enfermas da alma, necessitando de cuidados, como toda doença. Normalmente se faz tratamento das obsessões em templos religiosos.
A obsessão apresenta sintomas tais como: angústia, depressão, perturbação do sono (insônia ou pesadelos), mau humor, desinteresse pelo estudo ou pelo trabalho, isolamento social, pensamentos suicidas, desregramento sexual etc. Não se segue daí, que se conclua que todos os portadores desses sintomas estejam obsediados. Há diversas outras causas, conhecidas da ciência médica, que podem provocar sintomatologia semelhante.

Quando o Espírito se desprende da carne, ele entra em uma outra dimensão de vida que é a vida espiritual. Lá, terá um nova percepção das coisas, tendo um raciocínio mais livre, mais pleno, pois não está mais confinado aos limites da matéria. Compreende que viverá outros aprendizados e que os afetos deixados na vida terrena igualmente terão também experiências necessárias ao progresso individual e coletivo. Entretanto, se ele for um Espírito pouco adiantado, permanecerá preso ao seu mundo mental, vivenciando as situações que vivia quando em vida, principalmente se cultivou paixões e sentimentos de posse exacerbados.
Poderá com isso sofrer, se seus entes queridos agem com desinteresse afetivo por ele, se entram em disputa por heranças ou mesmo se seus "amores" interessam-se por outras pessoas. Poderá interferir na vida das pessoas, muitas vezes originando processos obsessivos.
Neste caso, deve-se procurar ajuda espiritual, para que o problema seja devidamente equacionado. Claro, essas situações de perturbações são de exceção. Normalmente o que se observa é a compreensão por parte de quem partiu. Não há um tempo específico que seja adequado para que se tenha novo envolvimento amoroso. Vai depender da situação de cada criatura. Nas relações verdadeiras, sinceras e duradouras, geralmente quando um parte o outro permanece um bom tempo sem que encontre substituição em seu coração, quando não opta por permanecer sozinho. Entretanto, nas relações difíceis, que são maioria esmagadora no planeta, a perda não se constitui em problema. Todas essas coisas são regidas pelos sentimentos. O tempo, neste caso, é o que menos importa.

Sabe-se que a obsessão é uma espécie de constrangimento de um Espírito sobre outro e que isso se dá através da lei das afinidades espirituais. Portanto, as influências ruins podem partir dos encarnados para os desencarnados também. Geralmente isso acontece nas situações onde entre os dois indivíduos existe uma relação em desequilíbrio, tanto de "amor" quanto de "ódio". Pode parecer estranho que se afirme que relações de amor possam gerar processos obsessivos, mas o amor desmedido e possessivo entre duas pessoas (mesmo que seja entre mãe e filho), geram desequilíbrios os mais diversos. Se um deles desencarna é claro que o sentimento permanece o mesmo, a menos que um deles venha a se libertar dele através do esclarecimento. Da mesma forma nos casos de pessoas que desencarnam deixando heranças em que os herdeiros ficam insatisfeitos e não tinham boa relação de afeto com o desencarnado, gerando condições fluídicas mórbidas que envolvem os dois planos. A única forma de se livrar desses problemas é buscando o esclarecimento, procurando um templo religioso que tenha experiência nesse tipo de atendimento. O tratamento espiritual, esclarecendo os envolvidos no processo, aliado à mudança de postura do indivíduo é a chave para os problemas espirituais de toda ordem.

Os processos obsessivos moderados e graves levam quase sempre a um estado mórbido mental, que favorece enormemente os estados depressivos, com toda a sintomatologia que esta doença produz. Entretanto, nem todos os quadros depressivos podem ser atribuídos às influências espirituais. Existem mecanismos orgânicos, decorrentes de falhas em sínteses hormonais que explicam cientificamente a depressão. Evidentemente que mesmo nesses casos, pode haver influenciação espiritual por conta da atitude mental da criatura, embora não seja esse o agente causador do processo.

A obsessão, sendo uma doença da alma, deverá ser curada definitivamente com a melhoria do indivíduo no campo moral e intelectual. A Umbanda oferece tratamento seguro para essas doenças, pois trata o problema abordando os dois lados da vida. Se for um Espírito desencarnado, ele será chamado por meio de evocações particulares, nas reuniões sérias de intercâmbio espiritual, para uma conversa e conscientização do mal que está praticando. Do lado do encarnado, se cuidará de tratar com a evangelização (moralização) e pela fluidoterapia (aplicação de passes), levando-o ao entendimento do que precisa fazer para libertar-se do mal.

A prece não pode ter o efeito de mudar os designos de Deus, mas a alma pela qual se ora experimenta alívio porque é um testemunho de interesse que se lhe dá e porque o infeliz é sempre consolado, quando encontra almas caridosas que compartilham as sua dores. De outro lado pela prece provoca-se o arrependimento desperta-se o desejo de fazer o necessário para se tornar feliz. É nesse sentido que se pode abreviar a sua pena, se do seu lado ele contribui com a sua bondade. Esse desejo de melhora, excitado pela prece atrai para o espírito sofredor os espíritos melhores que vem esclarece-lo, consola-lo e dar-lhe esperanças. Jesus orava pelas ovelhas transviadas. Com isso vos mostrava que sereis culpados se nada fizerer-lhes pelo que mais necessitam.

Abraços Fraternos

Yàkekere Bárbara D´Iansã
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CAPÍTULO IV - 07/05/2011


Olá irmãos e amigos.


A nossa aula de hoje será diferenciada...vou citar um exemplo vivo de como o PODER DA PRECE realmente é verdadeiro e poderoso em nossas vidas.
Na semana passada, dia 29/04, fiz a minha postagem sobre OBSESSÃO super feliz, pois nesse dia, eu tinha recebido a notícia de que estava grávida, então imaginem, eu estava em clima de festa, super empolgada...rs.
Porém vamos aos ensinamentos, e o primeiro será o do seu João Caveira, que há algumas semana atrás nos disse:
"_A morte é imprevissível e não marca horário para a sua chegada..."
...e eu como uma boa humana, não imaginaria que ela, a morte, bateria em minha porta, assim, tão inesperadamente.
Como o que é bom dura pouco, dessa vez durou menos ainda, alimentei a sensação gostosa de ter mais um bebê por somente dois dias, ou seja o final de semana, e no meu "tempo" dava a impressão de nunca ter fim, pois passei esses dois dias escolhendo nomes, a decoração do quarto e planejando a segunda cesariana. Mas infelizmente na segunda feira pela madrugada, tive algumas complicações e fui imediatamente para o hospital e quando foi na terça pela manhã, descobri através da ultrasom que o meu bebê estava sem batimentos cardiácos.
Então pergunto a vocês:"Como irmãos eu conseguiria superar esta perda, sem sofrimentos e desespero???!


A resposta é simples, e única:
A minha unica esperança, era a FÉ e a PRECE pois só elas tinham o poder de me fazer seguir adiante, pois, por menor que ainda fosse o embrião, já era o meu filho, já fazia parte da minha vida e dos meus planos, e perde-lo assim, tão precoscemente foi super dolorido.


Então, eu sozinha no quarto, após o procedimento cirúrgico, coloquei-me a ORAR, ORAR E ORAR, não tinha mais o que ser feito, a não ser me consolar no fato de que DEUS É PAI, E SABE DE TODAS AS COISAS!!!


Aprendi que com fé, não há desespero, e assim, continuo a minha caminhada, carregando em minha alma, mais este ensinamento, e agradecendo aos meus Orixás e entidades que me consolaram e me conduziram ao caminho sem sofrimentos, confiante, sempre, nas Leis Divinas.


"Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo a sua grande misericória, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos.
Para uma herança incorruptível, incontaminável, e que não se pode murchar, guardada nos céus para vós.
Que mediante a fé estais guardados na virtude de Deus para a salvação, já prestes para se revelar no último tempo.
Em que vós grandemente vos alegrais, ainda agora, importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações.
Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo.
Ao qual, não o havendo visto, animais, no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso.
Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas."
(Em um momento de dor, abri a Biblía, pedindo orientação a Deus, e veio-me essa resposta do trecho de Pedro, Capítulo 1:9, e se vocês acreditam o meu bebê, se fosse menino, se chamaria PEDRO...louvada seja a palavra do Senhor.)


"A PRECE É MILAGROSA SIM, ELA TEM O PODER DE ABRANDAR E CONFORTAR O CORAÇÃO DE UMA MÃE."


Abraços fraternos


Yakekere Bárbara D´Iansã


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CAPÍTULO V - 13/05/2011

O VALOR DA PRECE


" E quando orardes, não imiteis os hipócritas que costumam exibir-se, orando em pé na sinagogas e nos cantos das ruas, para serem vistos pelos homens; em verdade vos digo que eles já recebera, a sua recompensa. Mas, quando orardes, entrai em vosso quarto e fechai a porta, orai a vosso Pai em secreto, e vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos recompensará. e quandp orardes, não faleis muito, como fazem os gentios, que pensam que é pelo muito falar que serão ouvidos. Não vos torneis, pois,k semelhantes a eles; porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo que lho peçais." (Mateus, 6:5-8).
"Por isso vos digo: tudo o que pedirdes, orando, crendo que o havies de obter, ser-vos-á dado. Mas quando vos puserdes em oração, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lha, para que também vosso Pai, que está nos céus, vos perdoe os vossos pecados. Pois, se vós não perdoardes, também vosso Pai que está nos céus, não vos perdoará os vossos pecados." (Marcos, 11:24-26).
"E propôs também esta parábola a alguns que confiam em si mesmos, como se fossem justos, e desprezam os outros: Subiram dois homens ao templo para orar, um era fariseu, o outro publicano. O fariseu, posto em pé, orava no seu interior desta forma: `Graças te dou, ó Deus, que não sou como os demais homens, que são ladrões, injustos e adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes na semana e pago o dizímo de tudo o que possuo`. O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos para o céu, mas batia no seu peito, dizendo:
´Ó Deus, tem piedade de mim pecador`. Diga-vos que este voltou justificado para a sua casa, e não o outro, porque todo os que se exalta será humilhado, e todo o que se humilha será exaltado". (Lucas, 18:9-14).


As qualidades da prece foram, assim, distintamente definidas por Jesus, quando nos recomendou que, ao orarmos, não procurássemos exibir-nos, mas que fizéssemos sem afetação, em segredo, com simplicidade e sem muitas palavras, porque não será pelo muito falarmos que seremos ouvidos, mas pela sinceridade com que fizermos a prece. Se tivermos algum ressentimento com alguém, devemos perdoá-lo antes de orarmos, porque somente será agradável a Deus a prece dita com fé, com fervor e sinceridade, plena de caridade com o próximo. Na prece devemos tomar uma atitude humilde como a do publicano, e não orgulhosa como a do fariseu.
Muitos contestam a eficácia da prece sob a alegação de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, será supérfluo que lha exponhamos, acrescentando ainda que as nossas súplicas não podem modificar os desígnos de Deus, já que todo o Universos se encadeia por leis eternas e imutáveis. Compreendemos e concordamos que as leis de Deus são eternas e sábias e devem ser cumpridas, porém, nem todas as circunstâncias de nossas vidas estão submetidas à fatalidade. Somos senhores de um livre-arbítrio relativo para dele fazermos uso e tomarmos iniciativa, e se Deus nos deu raciocínio e inteligência foi para que deles nos servíssemos, assim como da vontade para querermos e da atividade para agirmos. De nossa iniciativa se originam os acontecimentos que escapam forçosamente à fatalidade e que nem por isso destroem a harmonia das leis universais; assim, Deus pode aceder a certos pedidos sem infirmar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, dependendo sempre isso do assentimento de Sua vontade.
Seria ilógico também concluir que basta pedirmos, para obtermos tudo o que quisermos. Invariavelmente obteremos respostas para nossas súplicas, porém a concessão nem sempre vem de acordo com nossos desejos, ou melhor, a imperfeita compreensão que temos das nossas verdadeiras necessidades nos leva a concluir, erradamente, sobre a não-satisfação dos nossos pedidos.


"A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele, é pôr-se em comunicação com Ele. A três coisas podemos propor-nos por meio da prece: louvar, pedir agradecer". (L.E., 659).


Devemos orar no começo e no fim de cada trabalho: no começo para elevarmos nossas almas e atrairmos os Espíritos esclarecidos e bons, e no fim, para agradecermos os benefícios e ensinamentos que houvermos recebido.
Seja a nossa prece curta, humilde e fervorosa, muito mais um transporte do nosso coração do que uma fórmula decorada. A prece, para ser eficaz, não deve ser uma recitação, mas um ato de vontade capaz de atrair as boas vibrações do Plano Espiritual e as irradiações do Divino Foco.
A prece deve ser improvisada de preferência, porque assim a preocupação com os que estamos dizendo, prende a nossa atenção e favorece o nosso desprendimento. Deve ser curta. Não é a quantidade de palavras que representam o verdadeiro sentimento da criatura.


"A prece deve ser cultivada, não para que sejam revogadas as disposições das leis divinas, mas, a fim de que a coragem e a paciência inundem o coração de fortaleza nas lutas ásperas, porém necessárias. A alma, em se voltando para Deus, não deve ter em mente senão a humildade sincera na aceitação de sua vontade superior".
"Ninguém pode imaginar, enquanto na Terra, o valor, a extensão e a eficácia de uma prece, nascida na fonte viva do sentimento".


Oração Dominical - De todas as preces, o "Pai nosso", ou oração dominical, é a que por consenso ocupa o primeiro lugar, quer porque foi ensinada pelo próprio Mestre, quer porque a todas pode substituir, conforme o pensamento que se lhe atribui. É o mais perfeito modelo de concisão, verdadeira obra-prima de sublimidade em sua simplicidade. Apesar de breve, resume nas suas sete proposições todos os deveres do homem para com Deus, para consigo mesmo e para com o próximo; é uma profissão de fé, um ato de adoração e de submissão, o pedido de coisas necessárias à vida e o princípio da caridade.


CAPÍTULO VI - 20/05/2011


A FÉ QUE TRANSPORTA MONTANHAS


"Quando voltou para onde estava o povo, chegou-se a ele um homem que, ajoelhando-se a seus pés, disse: Senhor, tem piedade de meu filho, que é lunático e sofre cruelmente; muitas vezes cai, ora no fogo, ora na água. Já o apresentei aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu: Ó geração incrédula e perversa, até quando estarei entre vós? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui o menino. E tendo Jesus ameaçado o demònio, este saiu do menino que ficou no mesmo instante curado. Então os discípulos vieram ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós expulsar esse demônio? Jesus lhes disse: Por causa da vossa pouca fé; pois, em verdade vos digo que, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis àquela montanha: Passa daqui para ali, e ela passaria, nada vos seria impossível. Não se expulsam os demônios desta espécie senão por meio da prece e do jejum" (Mateus, 17:14-21).


Com pequenas variantes, esta passagem também é narrada por outros dois evangelistas, Marcos, no capítulo 9, versículo 14 a 28, e Lucas, no capítulo 9, versículo 37 a 42. Da narrativa de Marcos consta o diálogo entre Jesus e o pai do menino que achamos interessante reproduzir:


"Há quanto tempo isto lhe sucede? O pai respondeu: Desde a infância, e o Espírito tem muitas vezes lançado (ora à água, ora ao fogo, para fazê-lo perecer. Se puderdes alguma coisa, tem piedade de nós e socorre-nos. Jesus lhe disse: Se puderes crer, tudo é possível àquele que crê. Logo o pai do menino exclamou, banhado de lágrimas:
Senhor, eu creio, ajuda a minha pouca fé".


Muitas vezes, podemos encontrar nos Evangelhos referências claras e precisas de Jesus ao poder da fé, sendo comum depararmos com expressões semelhantes a esta: "A tua fé te curou".Parece-nos que o Mestre dava, por essa forma, ensinos e lições que deveriam ficar gravados na memória de todos os que presenciavam os fatos, além de séria advertência aos seus futuros seguidores. Recordemos ainda que Jesus afirmou aos apóstolos: "Quem crer em mim, fará o que eu faço e ainda fará mais." (João, 14:12).
Da mesma forma, guardemos a observação feita por Jesus ao 72 discípulos, que ao regressarem diziam: "Senhor, até os demônios se nos submetiam em teu nome"; recomendou-lhes então o Senhor que "não regozijassem por lhes estarem os espíritos submetidos, mas antes por estarem os seus nomes escritos nos céus." (Lucas, 10:20)
De tudo se depreende o amoroso cuidado do Mestre para com os seus seguidores, alertando-os sempre contra as tentações do orgulho, para que não se envaidecessem diante dos resultados que fossem obtendo no desempenho de sua missões, na cura e alívio dos sofrimentos.
invariavelmente, todas as vezes que realizava as curas, Jesus salientava a fé e a confiança daquele que recebia o benefício e, a respeito das poucas curas levadas a efeito, em sua Terra, onde "apenas curou alguns doentes", Jesus admirou-se da incredulidade deles". (Marcos, 6:5-6).
Assim, para ser obtida a cura, torna-se evidente a necessidade da colaboração do doente, isto é, o desejo sincero de ser curado, conjugado com a fé, confiança e vontade potente de quem vai operar em nome do Senhor, tudo isso aliado ainda à possibilidade cármica, em face da lei. Todas as doenças podem ser aliviadas, mas nem todas podem ser curadas.
A confiança na próprias forças nos torna capazes de executar grandes coisas, mesmo materiais, que não obteríamos, se não confiássemos em nós mesmos. As montanhas a serem removidas pela fé, referidas no evangelho, devem ser, antes de mais nada, as montanhas de nossas imperfeições e inferioridade constituída de má vontade, resistência, preconceitos, interesses materiais, egoísmo, fanatismo, paixões orgulhosas, etc.
A fé sincera e verdadeira é sempre calma, paciente e humilde. Deve ser cultivada pela moralização de nossos costumes, pela pureza de pensamentos, palavras e atos, pela crescente confiança na ilimitada bondade divina, para desenvolver dentro de nós a força magnética que nos possibilitará agir sobre o fluido universal e que, usada convenientemente, pela nossa vontade, é capaz de operar prodígios, sempre que é utilizada em benefício do nosso próximo.
Jesus disse aos discípulos que aquela espécie de espírito obsessor só sairia pela oração e pelo jejum. Devemos entender, então, que, através de uma fé fervorosa, vertida em sentida prece, que é pensamento puro, fruto do amor, poderemos expeli-lo, desde que estejamos em jejum, isto é, em condições morais satisfatórias de abstinência de pensamentos culposos, de sobriedade na satisfação de nossas necessidades e austeridade de proceder.
Nas palavras repassadas de sentimento daquele pai, que banhado em lágrimas, diz: "Eu creio, Senhor, ajuda a minha pouca fé", podemos sentir uma expansão de simplicidade e de humildade, pois certo do poder de Jesus para lhe atender à suplica, não se sentia ele próprio bastante forte na sua fé para merecer tal graça.


Abraços


Yakekere Bárbara D´Iansã
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CAPÍTULO VII - 27/05/2011

BEM SOFRER E MAL SOFRER

"Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, porque deles é o Reino dos Céus", não se referia aos sofredores em geral, porque todos os que estão neste mundo sofrem, quer estejam num trono ou na miséria extrema, mas, ah! Poucos sofrem bem, poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzir ao Reino de Deus. O desânimo é uma falta; Deus vos nega consolações, se não tiverdes coragem. A prece é um sustentáculo da alma, mas não é suficiente por si só: é necessário que se apóie fé ardente na bondade de Deus. Tendes ouvido frequentemente que Ele não põe um fardo pesado em ombros frágeis. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa será proporcional à resignação e a coragem. A recompensa será tanto mais esplendente, quanto mais penosa tiver sido a aflição. Mas essa recompensa deve ser merecida, e é por isso que a vida está cheia de tribulações.
"O militar que não é enviado à frente de batalha não fica satisfeito, porque o repouso no acampamento não lhe proporciona nenhuma promoção. Sede como o militar, e não aspireis a um repouso que enfraqueceria o vosso corpo e entorpeceria a vossa alma. Ficai satisfeitos, quando Deus vos envia à luta. Essa luta não é o fogo das batalhas, mas as armaguras da vida, onde muitas vezes necessitamos de mais coragem que num combante sangrento, pois aquele que enfrenta firmemente o inimigo poderá cair sob o impacto de um sofrimento moral. O homem não recebe nenhuma recompensa por essa espécie de coragem, mas Deus lhe reserva os seus lucros em um lugar glorioso. Quando vos atingir um motivo de dor ou de contrariedade, tratai de elevar-vos acima das circunstâncias. E quando chegardes a dominar os impulsos da impaciência, da coléra ou do desespero, dizei, com justa satisfação: "EU FUI O MAIS FORTE".

"Bem-aventurados os aflitos, pode, portanto, ser assim traduzido: Bem-aventurados os que têm a oportunidade de provar a sua fé, a sua firmeza, a sua perseverança e a sua submissão à vontade de Deus, porque eles terão centuplicadas as alegrias que lhes faltam na Terra, e após o trabalho virá o repouso".

A mensagem de Lacordaire, acima reproduzida, traz à tona o problema do sofrimento, que vemos hoje em dia atingir praticamente a todos das mais variadas formas. A maioria dos seres humanos ainda não é capaz de enfrentar a dor com resignação. Antes, o que se vê é o inconformismo, a queixa intérmina, o abatimento sem limites.
É necessário habituar-se à oração, como um canal de comunicação direta com Deus. Mas, também é indispensável uma fé ardente no Criador, pois, sem ela, a prece apenas sairá dos lábios e não do coração. É preciso entender que muitas vezes o mal, a dor, o sofrimento, são os remédios de que necessitamos para a cura dos nossos males, cuja origem encontra-se na alma. Todavia, não devemos provocar a dor, para não sofrer-lhes as consequências, nem ter motivos para queixas, pois esta é um ato de insubmisão às leis divinas.

Tenha uma semana iluminada

Yakekere Bárbara D´Iansã


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CAPÍTULO VIII - 03/06/2011


A PORTA ESTREITA


Entre os extraordinários ensinamentos do Divino Mestre Jesus, delineados no Sublime Sermão do Monte, cap. 07 do Evangelho Segundo Mateus, vers. 13/14, encontramos a passagem das Duas Portas, em que o Cristo nos aponta o melhor caminho a seguir, nas sendas da evolução do Espírito.
A idéia das portas, porém, já era encontrada nas antigas tradições religiosas, como locais de passagem entre dois estados, entre dois mundos distintos um do outro (entre o conhecido e o desconhecido, entre a luz e as trevas), e levando a resultados inteiramente diversos. O iniciado era preparado, através de duras provas, para a travessia, cabendo-lhe todavia escolher a forma como realizá-las.
Tratava-se dos rituais de passagem, em que a travessia era uma viagem rumo a uma situação diversa daquela em que o candidato vivera até aquele momento. Nas tradições judaicas e cristãs, essa passagem transformou-se num acesso à Revelação. Ainda hoje essa tradição é mantida e pode ser sentida em diversos rituais modernos, como, por exemplo, nos "trotes" universitários, em que os calouros são submetidos, frequentemente, a humilhações e violências extremas.
No evangelho segundo o espiritismo, encontramos a lição da porta assim colocada por Allan Kardec: "A porta da perdição é larga, porque as más paixões são numerosas e o caminho do mal ´´e o mais frequentado. A da salvação é estreita, porque o homem que deseja transpô-la deve fazer grandes esforços para vencer as suas más tendências, e poucos se resignam a isso. Completa-se a máxima: São muitos os chamados e poucos os escolhidos.
"Esse é o estado atual da Humanidade terrena, porque, sendo a Terra um mundo de expiações, nela predomina o mal. Quando estiver tranformada, o caminho do bem será o mais frequentado. Devemos entender essas palavras, portanto, em sentido relativo e não absoluto. Se esse tivesse de ser o estado normal da Humanidade, Deus teria voluntariamente condenado à perdição a imensa maioria das crianças, suposição inadmissível, desde que se reconheça que Deus é todo justiça e toda bondade".
Ao analisar a questão posta por Jesus, Emmanuel situa as portas na "muralha do tempo", delimitando as dimensões passado e presente, aquém e futuro, além da muralha, para mostrar-nos que podemos permanecer na comodidade dos desacertos do mundo ou optarmos pela renovação dos nossos valores.
De fato, a porta larga (a da perdição), aponta para as ilusões do mundo: as más paixões, os vícios, os maus hábitos, as frustações, os desequilíbrios, as más tendências, as concepções errôneas. É o caminho mais trilhado, visto que a Humanidade ainda não se deu conta da importância da vida futura, preferindo permanecer nas cogitações do imediatismo e das sensações, degradando-se nos atrativos que essa porta oferece.
Entorpecido pelas vivências exteriores e periféricas, o Espírito mergulha cada vez mais nas diversões materialistas, acreditando que tem em suas mãos as rédeas do destino e que poderá a qualque momento, num "passe de mágica", alterar os resultados das suas ações. Equivocado, ignora os meandros da Lei de Causa e Efeito, que mais cedo ou mais tarde o chamará a complexos reajustes.
O que elegeu a porta estreita, ao contrário, é um Espírito amadurecido e consciente, enxergando com os olhos da alma, que alça vôos mais seguros e reais. Já compreendeu que o caminho apertado exige conhecimento, critério, vigilância, prudência, humildade e renúncia, para nele permanecer. É o caminho da vida, da felicidade, da luz.
O indivíduo desperto não se forra a esforços; cuida primeiramente do seu campo mental, educa os seus pensamentos, policia as suas palavras, fala menos e ouve mais; procura viver em sintonia com o Alto através da PRECE SINCERA, simples, constante; não mede forças para auxiliar o seu próximo, vivenciando a lei de solidariedade na sua verdadeira expressão; procura compreender e perdoar aqueles que lhe estão à volta, principalmente no ninho doméstico.
Enfim, sabe que a confiança em Deus, acima de tudo, é a forma mais sublime de manutenção das forças anímicas para a travessia escolhida. Assim é que renuncia às facilidades do mundo, à opinião dos homens, para sentir a presença de Deus, no recôndito de sua alma, imunizando-se, assim, contra os acidentes de percurso (pois os obstáculos se apresentam mais palpáveis nesse caminho). Sobretudo, está consciente de que a vitória ao final da jornada será conquistada por seus méritos e com inenarrável alegria íntima.
Não podemos nos esquecer das lições imorredouras do nosso Mestre Jesus, que dizia: "Eu sou a porta, se alguém entrar por mim, salvar-se-á..." (Jo, 10:9), mostrando assim a importância de vivermos dentro dos padrões evangélicos, qualquer que seja a dimensão em que estejamos situados. É necessário adquirir esse bom hábito!
No estágio atual da Humanidade terrena, predomina o mal, em diversos aspectos: o orgulho, o egoísmo, o materialismo, a sensualidade, a agressividade, a ambição desmedida, a mentira, a maldade. Porém, não estamos obrigados a aderir a esse estado de coisas: devemos orar permanentemente, para não cairmos em tentação, reformulando nossas concepções errôneas; e valorizar cada oportunidade de renovação, vendo no Cristo "o Caminho, a Verdade e a Vida"


Abraços Fraternos


Yakekere Bárbara D´Yansã



CAPÍTULO IX - 10/06/2011

NÃO JULGUE, COMPREENDA...

Dizia o filósofo Protágoras que "o  homem é a medida de todas as coisas". Pode sê-lo, de fato, do ponto de vista filosófico e científico. Porém, quando o que se tem para medir é o comportamento alheio, recomenda-se, em primeiro lugr, cautela, bom senso, prudência, já que, como ensinava o Divino Mestre Jesus: "Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra." (jo, 8:1-11) E qual de nós pode, realmente, sequer pensar em atirar a primeira pedra?...
Além, disso, o Excelso Amigo nos alertava, no Sermão do Monte, para a responsabilidade de julgar o próximo: "Não julgueis, para que não sejas julgados". Porque com o juízo que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." (Mt, 7:1-2) Na verdade, nenhum de nós gosta de ser julgado pelo outro; esta é a mais uma razão para que não nos disponhamos a julgar ninguém (nem mesmo em pensamento).
Emmanuel também nos orienta para a necessidade de benevolência nos julgamentos, mormente quando se tratar de assuntos do coração, em que ainda somos extremamente deficientes. Diz o notável mentor espiritual: "Se alguém vos parece cair, sob enganos do sentimento, silenciai e esperai! Se alguém se vos afigurar tombar em delinquência, por desvarios do coração, esperai e silenciai!...Sobretudo, compadeçamos-nos uns dos outros, porque, por enquanto, nenhum de nós consegue conhecer-se tão exatamente, a ponto de saber hoje qual o tamamnho da experiência afetiva que nos aguarda amanhã. calai os vossos possíveis libelos, ante as supostas culpas alheias, porquanto nenhum de nós, por agora, é capaz de medir a parte de responsabilidade que nos compete a cada um nas irreflexões e desequilíbrio dos outros..."
Em tudo, devemos nos inspirar em Jesus, "o tipo mais perfeito que Deus ofereceu ao homem, para lhe servir de guia e modelo" (LE 625), e que nos apontava sempre para a necessidade de humildade, paciência, compreensão, perdão, benevolência, indulgência. Ele tinha a fórmula exata para a solução de todas as modalidades de problemas derivados das relações humanas, que sintetizava num pensamento profundo: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei".
O Mestre falava do amor incondicional, do amor sublime, irrestrito, perene, que deveria estender-se ao parente difícil, ao companheiro rebelde, ao ofensor, ao adversário, ao inimigo...Nada pode substituir esse sentimento, nada é capaz de fazer cicatrizar uma ferida com tanta eficácia, nada se lhe pode a multidão dos pecados, como enfatiza o evangelista, e tudo devemos fazer para agir em seu nome, com pureza de alma.

Abraços fraternos

Yakèkère Bárbara D´Iansã

CAPÍTULO X - 17/06/2011



PERDÃO DAS OFENSAS

Os ensinamentos de Jesus tinham um endereço certo: o coração humano. Mais do que à inteligência, o Divino Mestre falava ao sentimento. A resposta do Cristo a Pedro deve aplicar-se a cada um de nós, indistintamente: “Perdoarás, mas sem limites; perdoarás cada ofensa, tantas vezes quantas elas vos for feita; ensinarás a teus irmãos esse esquecimento de si mesmos, o qual nos torna invulneráveis às agressões, aos maus tratos e às injúrias; serás doce e humilde de coração, não medindo jamais a mansuetude; e farás, enfim, para os outros, o que desejas que o Pai celeste faça por ti. Não tem Ele de te perdoar sempre, e acas-o conta o número de vezes que o seu perdão vem apagar as tuas faltas”. (E.S.E.Cap. X, item 14).
É essencial a prática do perdão irrestrito, da indulgência sem limite, da caridade desinteressada, da renúncia de si mesmo; em última análise, o exercício do amor ao máximo que pudermos, para que estejamos em condição de receber o perdão a que Jesus se refere na oração dominical.
“Ide, meus bem-amados, estudai e comentai essas palavras que vos dirijo, da parte d’Aquele que, do alto dos esplendores celestes, tem sempre os olhos voltados para vós, e continua com amor a tarefa ingrata que começou há dezoito séculos. Perdoai, pois, aos vossos irmãos, como tende necessidade de ser perdoados. Se os seus atos vos prejudicaram pessoalmente, eis um motivo a mais para serdes indulgentes, porque o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal, e não haveria nenhum em passar por alto os erros de vossos irmãos, se estes apenas vos incomodassem de leve”. (E.S.E., Cap. X, item 14).
O perdão irrestrito ensinado por Jesus não, só se refere às vezes em que devemos exercitá-lo, mas também em relação a quem se deve externá-lo. De fato, o Cristo recomendou o perdão também aos nossos inimigos, o que representa uma superação das próprias imperfeições. Se desejamos que nossas ofensas sejam perdoadas, não podemos ser intransigentes, duros, exigentes. Mesmo porque se fizermos um exame sincero de consciência, talvez cheguemos à conclusão de que fomos nós mesmos que provocamos a ofensa. Muitas vezes, uma palavra mal empregada, uma opinião dada em momento inoportuno, uma reação mais ríspida, um gesto mal recebido, pode degenerar numa antipatia, numa inimizade, numa aversão ferrenha.
“Mas há duas maneiras bem diferentes de perdoar: há o perdão dos lábios e o perdão do coração. Muito dizem do adversário: “Eu lhe perdôo”, enquanto, interiormente, experimentam um secreto prazer pelo mal que lhe acontece, dizendo-se a si mesmo que foi bem merecido. Quando dizem: “Perdôo”, e acrescentam: ‘mas jamais me reconciliarei; não quero vê-lo pelo resto da vida!’ É esse perdão segundo o Evangelho? Não.
O verdadeiro perdão, o perdão cristão, é aquele que lança um véu sobre o passado. É o único que vos será levado em conta, pois Deus não se contenta com as aparências; sonda o fundo dos corações e os mais secretos pensamentos e não se satisfaz com palavras e simples fingimentos. O esquecimento completo e absoluto das ofensas é próprio das grandes almas; o rancor é sempre um sinal de baixeza e de inferioridade. Não esqueçais que o verdadeiro perdão se reconhece pelos atos, muito mais do que pelas palavras.”, conforme a sábia mensagem do Apóstolo Paulo (E.S.E. Cap. X, item 15).
Portanto, é preciso saber perdoar, principalmente com a sinceridade e gestos largos, para que nenhum resíduo de mágoa possa resistir ao impulso de bondade do coração.

Yakèkère Bárbara D´Iansã


CAPÍTULO XI - 24/06/2011

Parentesco Corporal e Espiritual


"Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços espirituais. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este existia antes da formação do corpo. O pai não gera o Espírito do filho: fornece-lhe apenas o envoltório corporal. Mas, deve ajudar seu desenvolvimento intelectual e moral, para o fazer progredir.

"Os espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são os mais freqüentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas, pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na terra, a fim de lhes servir de prova. 

Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consangüinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem, pois, atrair-se procurar-se, tornar-se amigos, enquanto dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existências.

"Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual. Foi o que Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discípulos; "Eis minha mãe e meus irmãos", ou seja, a minha família pelos laços espirituais, pois "quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe".
"A hostilidade de seus irmãos está claramente expressa no relato de São Marcos, desde que, segundo este, eles se propunham a apoderar-se d'Ele, sob o pretexto de que perdera o juízo. Avisado de que haviam chegado, e conhecendo o sentimento deles a seu respeito, era natural que dissesse, referindo-se aos discípulos, em sentido espiritual: "Eis os meus verdadeiros irmãos". Sua mãe os acompanhava, e Jesus generalizou o ensinamento, o que absolutamente não implica que ele pretendesse que sua mãe segundo o sangue nada lhe fosse segundo o Espírito, só merecendo a sua indiferença. Sua conduta, em outras circunstâncias, provou suficientemente o contrário". (E.S.E., cap. XIV, item 8).

Yakèkère Bárbara D´Iansã


CAPÍTULO XII - 01/07/2011

DAÍ DE GRAÇA O QUE DE GRAÇA RECEBESTES

"Daí de Graça o que de Graça Recebestes"“Curai os enfermos, ressuscitai os mortos, sarai os leprosos, expeli os demônios; daí de graça o que de graça recebestes”. (Mateus, X, 8). “Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque devorais as casas das viúvas, com pretextos de longas orações; por isso sofrereis um juízo mais rigoroso”. (Mateus, XXIII, 14).“Daí de graça o que de graça recebestes”, disse Jesus aos discípulos, recomendando-lhes, dessa forma, que não aceitassem pagamentos pela dispensa dos bens, cuja obtenção nada lhes houvesse custado, isto é, que nada cobrassem dos outros por aquilo que não pagaram. O que eles receberam, gratuitamente, foi a faculdade de curar doentes e expulsar os demônios, ou seja, os maus espíritos. Esse dom lhes fora dado de graça, para que aliviassem os que sofriam e ajudassem a propagação da fé e, por isso, lhes prescrevera o Mestre que não o transformassem em artigo de comércio ou de especulação e, muito menos, em meio de vida.Também disse Jesus: “Não façais pagar as vossas preces; não façais como os escribas que, a pretexto de longas orações, devoram as casas das viúvas”. A prece é um ato de caridade, um impulso do coração, e fazer alguém pagar por esse ato de intercessão junto a Deus, em favor de outrem, é transformar-se em intermediário assalariado, tornando-se, assim, a prece uma simples fórmula, dependente da soma recebida.Deus não vende os benefícios que concede, e seria absurdo pensar que poderia subordinar um ato de clemência, de bondade e de justiça, solicitado a Sua misericórdia, a uma quantia em dinheiro.A razão, o bom censo e a lógica dizem que Deus, a perfeição absoluta, não pode delegar à criatura imperfeita o direito de fixar um preço para a Sua Justiça. A justiça de Deus é como o Sol: para todo o mundo, tanto para o pobre como para o rico.Os médiuns, intermediários entre a Espiritualidade e o mundo material, verdadeiras pontes de ligação entre dois planos de vida, são os intérpretes dos Espíritos para a instrução dos homens, para lhes mostrar o caminho do bem e trazê-los à fé, mas não para vender palavras que lhes não pertencem, de vez que não são o produto de sua concepção, nem de suas pesquisas, nem de seu trabalho pessoal.A mediunidade séria não pode ser nem será jamais uma profissão, mesmo porque, e sobretudo no seu aspecto de concessão como prova, é uma faculdade essencialmente móvel e variável. Não é, portanto, a mesma coisa que a capacidade adquirida pelo estudo e pelo trabalho, da qual se tem o direito de usar.Sobretudo, a mediunidade curadora é que jamais deveria ser explorada, pois, como nenhuma outra, requer, com mais rigor, a condição de desprendimento e a capacidade de renúncia santificante. O médium curador é o veículo para a transmissão do fluido salutar dos Bons Espíritos e, nestas condições, jamais tem o direito de o vender.


Yakèkère Bárbara D´Iansã


CAPÍTULO XIII - 08/07/2011



A Caridade Segundo Paulo

“Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom da profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver toda a fé, até ao ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e se entregar o meu corpo para ser queimado, se, todavia, não tiver caridade, nada disto me aproveita. 
A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. 
A caridade nunca, jamais há de acabar, ou deixem de ser lugar as profecias, ou cessem as línguas, ou seja abolida a ciência. Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes; porém a maior delas é a caridade”. (Paulo, I Coríntios, 13:1-8 e 13).

Paulo compreendeu tão profundamente esta verdade, que coloca a caridade acima da própria fé. Porque a caridade está ao alcance de todos, do ignorante e do sábio, do rico e do pobre; e porque independe de toda a crença particular. E define a verdadeira caridade, mostrando-a não somente na beneficência, mas no conjunto de todas as qualidades do coração, na bondade e na benevolência para com o próximo.

De Paulo, a máxima: Fora da caridade não há salvação. Retornou ao tema em 1860 em Paris, numa comunicação, dizendo: “Pois nela estão contidos os destinos dos homens sobre a terra e no céu, porque aqueles que a tiverem praticado encontrarão graça diante do Senhor”.

Encerrando a sua mensagem, traz a exortação: “Meus amigos, agradecei a Deus, que vos permite gozar a luz do Espiritismo. Não porque somente os que a possuem possam salvar-se, mas porque, ajudando-vos a melhor compreender os ensinamentos do Cristo, ela vos torna melhores cristãos. Fazei, pois, que, ao vos vendo, se possa dizer que o verdadeiro espírita e o verdadeiro cristão são uma e a mesma coisa, porque todos os que praticam a caridade são discípulos de Jesus, qualquer que seja o culto a que pertençam”.



Yakèkère Bárbara D´Iansã